ESG, uma sigla que você talvez você já tenha visto ou ouvido por aí. Talvez até tenha achado que é só mais um termo do mundo dos negócios que, em pouco tempo, dará lugar a outro. Mais uma “modinha”.

Mas o fato é que, se hoje essas três letras têm uma propagação tão ampla, é por um motivo vital e precisamos dar a devida importância a ele.

É isso que iremos ver.

O que significa ESG?

O termo vem das palavras em inglês Environmental, Social e Governance, que referem-se a uma série de padrões relacionados aos aspectos ambientais, sociais e de governança que os negócios precisam obedecer.

E as empresas são avaliadas conforme esses critérios vão sendo seguidos (ou não!).

O conceito também não é novo, porém sua relevância vem aumentando nos últimos anos devido à preocupação crescente com os assuntos abrangidos no tema.

A notícia de destaque recentemente para quem acompanha a área, é que a BlackRock, a maior gestora de investimentos do mundo, vai redirecionar sua atenção para setores e negócios que possuam impactos mais sustentáveis, evitando todos aqueles que não cumprem com seriedade as diretrizes do ESG.

Fundos ETF associados à sustentabilidade estão recebendo cada vez mais capital e alcançando valores recordes.

Gigantes da tecnologia como Google, Apple e Facebook também estão levando a sério o assunto.

Portanto, estamos falando de uma realidade cada vez mais presente no cotidiano das empresas. Será cada vez mais difícil, por exemplo, um negócio receber aportes financeiros se não respeitar o ESG.

Como aplicar o ESG?

Como já vimos, cada letra representa um tema diferente com seus diversos tópicos próprios. Então vou detalhar cada um deles:

Environmental

Refere-se a todo o cuidado que um negócio deve ter com o capital natural, ou seja, com o meio ambiente. Dentre as preocupações podemos citar:

• Uso consciente de água e energia;

• Gestão de Resíduos e poluição;

• Redução da emissão de gás carbônico;

• Tratamento dos animais;

• Conservação dos recursos naturais.

Há indústrias que são mais críticas e desafiadoras do que outras quando se trata da sustentabilidade ambiental. Porém, o esforço tem que ser conjunto, independente da complexidade envolvida.

Social

Aqui envolve o negócio se preocupar com a sociedade como um todo:

• Respeito aos direitos dos colaboradores;

• Trabalhar com fornecedores que tenham o mesmo respeito aos valores sustentáveis;

• Promover a saúde, bem-estar e segurança no ambiente de trabalho;

• Contribuir com a comunidade em que está inserida;

• Diversidade, igualdade e inclusão.

Governance

A empresa precisa aderir às principais práticas de governança corporativa. Podemos dar como exemplos:

• Métodos de contabilidade transparentes;

• Ética em todas as suas facetas;

• Combater a corrupção empresarial;

• Escolha diversa de seu Conselho e sem conflito de interesses.

Estes são apenas alguns dos muitos critérios envolvidos no ESG.

Fica óbvio que nenhuma empresa conseguirá ajustar-se e estar 100% com todos os itens. Não existe perfeição dentro de nenhum sistema. Mas isso não deve invalidar os esforços que devem ser feitos.

Cabe aos investidores avaliarem os fatores que consideram mais importantes e qual o grau de comprometimento do negócio em aprimorar os aspectos mais falhos.

O importante é que haja um progresso constante, primeiro no modo de pensar dos empresários, para que então possam surgir ações concretas em prol do desenvolvimento sustentável.

Uma garantia já pode ser dada: o fluxo de investimentos cada vez mais irá para aqueles que pensam em um futuro melhor para todos!